O que
tudo isso tem a ver?
Moralidade
dos justos, honestidades dos homens, a pureza de uma criança?
Somos
homens desde quando? Desde nascimento ou no crescimento?
Quando
se cria desgosto ve-se a realidade e nasce a esperança?
Sofremos
na carne e na alma e como nos justificamos?
É
uma sina, nós merecemos?
Fomos
ruins, pecamos ou amamos?
Luxúria
é pecado! Fomos ensinados...
Mas
exemplos… não nos foram dados...
Mas
quando se justifica pode!
Sexo
com amor para eternecermos?
É
uma doutrina institucionalizada?
É
justo o que vimos e veremos?
Qual
a razão de tudo isso?
O que
querem que vejamos?
Trabalha-se
para construir, acumular e gastar...
Ah...
Realização, felicidade....
Posso
ser feliz sem ter,
Mas
não posso ser feliz sem trabalhar...
E
quem me diz o que sou e o que devo fazer?
Ciência
ou espiritualidade?
Conhecimento
ou religião?
Não
existe razão para ser do bem,
Nem
punição para quem não o é...
O que
faz-me suportar a realidade?
Essa
indiferença que já é uma violência?
Quero
entender, quero acreditar...
Numa
justiça divina para a alma sem rumo?
No
homem que mitifica?
No
onipresente que nunca está presente?
Existe
algo com certeza,
Um
grilo falante no nosso ombro,
O id
e o superego.
Uma
energia, um brilho, um sopro...
Neste
universo não tão infinito,
Mudando
o tempo todo.
Existe Deus como símbolo,
Na
cruz, nos santos e no seu filho...
Único
ou vários
Nos
templos, nas escritas e nos dogmas.
Deus está em cada um de nós,
Despojado
e etéreo,
Que
se faz presente sem ser notado,
Nas
escolhas certas ou erradas e na bondade que praticamos,
Traçando
o destino de cada um...
Está
no Sol que brilha sem descanso e nas árvores que oferecem sombras.
Na
vida e na morte, no amor e no ódio...
Até
na graça do dinheiro encontrado,
No bolso do velho casaco,
Esquecido
há tempos no fundo do armário...