quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fim de semana tranquilo




Na sombra, na penumbra,
No fim do dia de um fim de semana
Foi difícil e castigante,
Com períodos de acalmia.
E agora no terminal da noite,
Tenso, penoso, suado e extenuante,
Não pude mais, talvez continuasse...
Mas enfim me motiva, estou são,
A vida ainda não me abandona,
Tenho momentos de leve descontração.
E começar tudo como de costume,
A semana é nova e a disposiçao também,
Virando segunda-feira de rotina maçante,
Esperando, no fim das contas,
Uma pausa de cinco dias pra se acabar novamente.






sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Nasceu a esperança!




Começou com reis presenteando a esperança, líder dos humildes com um caminho a trilhar, representando o Pai para dar-nos uma razão.
Amor sempre foi o princípio, dois mil anos se passaram e muitos natais sem Jesus, em meio a coletiva indiferença.
Quão importante é um ato, uma lembrança! Um níquel ou um milhão?
Humanidade se degrada mas o humano resiste. Não se trata do bem nem do mal, a escuridão não é permanete diante da luminosidade do homem.
Lutas e sofrimentos impostos ainda persistem inexplicáveis, sem compaixão, no ato dos insensatos.
Mas a fé ainda sobrevive como criança inocente, alimentado a alma com calor, gerando compaixão e fraternidade. Mesmo a missão  sendo imensa, o mínimo já compensa.
Podemos amar, é Natal outra vez...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Eu protesto!




Sou contra discriminação, imoralidade, falta de ética e corrupção. E quem seria a favor? 
Ninguém nasce correto, educação moral e cívica, era disciplina na escola e no lar. que ingenuidade, virou disciplina de jardim de infância.
Ser correto diante das câmeras, pagar impostos compulsoriamente, estacionar, mas rapidamente, na vaga de deficiente, cidadania na medida da necessidade. 
É impossível evitar... não xingar as mães dos incautos ao volante, chamar seis no truco ou um bico na canela numa pelada entre amigos...
O certo do agir certo, dentro da tolerância de uma cultura sui generis. Ser brasileiro não é defeito. É justificativa.
O odor emana de Brasília e todos até que se revoltam. Propina, uma gorjeta de garçon, lá é institucional e legal. República velha ou semi-nova, se dar bem é o lema.
Miséria, descaso, enchente e tsunami da imoralidade, lá vem a Copa pra aumentar a rentabilidade. Os sábios em sua toga julgam os seus pares. Como punição, aposentadoria obrigatória sem direito a benesse ou esquema.
A quem interessar possa, se digne e pegue essa causa.
Não quero mais saber, cansei! Vou cuidar do meu amor, levar o cachorro pra passear.
Agora eu só protesto, por mais feijão na minha marmita!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Natal S/A



Após o ano inteiro, época de lavar a alma, purgar os pecados e mal pensamentos. Generosidade repentina compensando a consiciência inchada.
Luzes pelas ruas, anúncios de presentes bombardendo nossas mentes. Músicas paraguaias monotonicas, harmonizando o espírito, anestesiando os sentidos, amenizando a dor.
Vermelho e verde dão o tom. Sorrisos de aeromoça das vendedoras atenciosas, filas nos shoppings para estacionar. Fatos do cotidiano no mês do décimo terceiro.
Roupas e brinquedos; jóias e viagens; merecidamente autopresenteados em nome do bom velhinho.
Costumes da sociedade moderna, banalizações assimiladas, filhos fotografados com papais noeis promocionais, família reunida numa ceia de fartura, hora de mais uma refeição, trocando abraços anuais, simbolos da felicidade.
Acaba-se o ano, espocam-se as champanhes, passa-se uma régua e começa tudo de novo em doze suaves parcelas...


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

BFF


Amigas desde a escola, dividiam tudo. Segredos, coisas, menos namorados. Adolescentes, tinham só ideias imediatistas. O que iriam fazer depois? Talvez soubessem mas parecia muito distante, nem se importavam.
Ah... os 15 anos! Filhas comportadas da modernidade, iam em shoppings azarar. Festinhas com a galerinha, preocupadas no que outros iam achar. Risadas e gargalhadas, como achavam graça.
Sabidas e espertas se julgavam. Sofriam com inveja e ciúmes. Tinham uma amiga em comum, mas não tão em comum com uma delas. Ai, ai, era a pivô da confusão. Lembro como se magoaram. Se amavam, choravam, abraçaram e se entenderam. Eram duas e agora são três.
Madrugada na web na época dos chats só de bagunça e zoando. Tinham ICQ e orkut só estava começando. MSN nem tinha moral... Acesso discado, E mail era pago e Correios ainda entregava cartas.
Ótimas lembranças... Pequenos problemas pareciam imensos. Noites divertidas em conversas sem finalidades. Mas importantes de alguma maneira, pois alguma coisa ficou.
Amizade de longa época, perpetuando ainda hoje no Facebook e Twitter. Com smartphones ou tablets, são contatos mantidos já difícil pela distância. Estão separadas pela geografia mas conectados pelas ondas.
São senhoras balzaqueanas, resolvidas até um ponto, trabalhando e acertando, nas relações públicas ou na informática. Esbanjam charme e muita energia em pleno esplendor, mulheres mais do que nunca, um dia foram meninas que amavam e gritavam pelo Backstreet Boys.

 Para amigas Beta e Maíra.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Infância



Peguei ansioso a caixa como sempre fazia.
Minha vó a guardava carinhosamente e me via brincar com as miniaturas de carros cuidadosamente arrumados nesta caixa. Brinquedinho que comprávamos todas as vezes que íamos buscar pão para o lanche da tarde.
Eram sagradas as férias em sua casa. Quando ela me chamava para acompanhá-la na padaria, ia pretensiosamente esperando o presente, já que havia se tornado um hábito uma passadinha nas Lojas Americanas.
Andar de bicicleta, ver TV, brincar de jogos, tudo era maravilhoso mas aquela caixa era mágica. Era a brincadeira preferida...
Preparava o ambiente, alinhava os carros, movimentava-os na maquete improvisada entre revistas e livros no velho tapete da sala. Os mintutos transformavam em horas e depois em anos.
Correu-se o tempo sem perceber...
Um dia foi diferente e mudou.  Deveria ser como antes mas estranhamente não tinha mais graça, ficou sem finalidade. Terminou tudo sem aviso, uma morte súbita sem doença prévia.
Tudo voltou para a caixa sem que tivesse muito a explicar. E assim, nunca mais foi aberta...
Era o fim da infância. Era o fim da magia. O tempo se rompeu sem nenhum preparo...
Não imaginava como isso permanecia na lembrança, ao reencontrar a velha caixa de metal.
Memórias de uma época que foi bela, interrompida paulatinamente, pela lacuna da ausência...
Ficaram saudades das pessoas e dos momentos que em flashes habitam o meu pensamento, da incomparável felicidade que tive de quando criança que fui um dia...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Você




Fica sem graça quando insisto em te encarar,
Desvia o olhar num sorriso tímido,
Confiro sua reação, seu charme natural,
É incondicional...
Semblante convergente, ficou zangada, está aborrecida, nem melhor perguntar.
Distraída é carinhosa e afetuosa,
Quando tem descontração,
Sem pressão nem obrigação...
Sentindo em suas mãos, um calor radiante,
Delicados dedos ornam anéis em harmonia.
Perfeita combinação: Figura e linguagem...
Está angustiada e busca racionalizar,
Não quer se arriscar, sofreu, nem quer se lembrar.
Luta para conquistar, nada parece acertar e tudo a conspirar.
Reprime os sentimentos, nem dá pra entender,
Sem tempo a perder, não vale a pena tentar.
Talvez um príncipe, um castelo, eterna felicidade,
Mas enquanto a vida não faz surpresas,
Vai se realizando no cotidiano castigante,
No dia a dia da sobrevivente,
Sapos a espreita na amizade, 
E em um apê de sala e quarto,
De um bairro distante...


Eu



Idas e vindas, tento eu a não continuar,
Como um carrossel, não saio do lugar...
Tem a ver comigo certamente,
Assimilo mas me aborrece,
Devo ter um fator limitante...
Tenho-a sempre na minha mente,
E a química é efervescente,
Sempre que penso ou fico presente,
Boa sensação e também frustrante
É bom mas não o suficiente,
É claro mas não é brilhante
Preciso só de pouco, não sou exigente,
Mas para você é muito,
E talvez tenha razão,
O mundo tem padrões e deve ser sensato,
Exceto quando o coração aperta,
Assume-se o risco e o errado vira o certo,
O problema não existe e a solução vem antes.
Não é tão complicado, é simples,
Que de mim não depende totalmente,
É amar e ser amado...