segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Salto e champanhe



Houve época que bebês eram trazidos por cegonhas, Papai Noel colocava presentes nas árvores e que Deus castigava os pecadores. Homem caminhou na Lua... Era do progresso! Votou-se no no PT, acreditava-se numa sociedade mais justa e fraterna.
Tempos de namoro no portão, cinema aos domingos, noivado e casamento... 
Moças iam a missa, e no máximo, ao baile num sábado especial, acompanhada por irmãs e primas, voltando às 2 com o pai esperando na sala.
Hoje tem vacinas, sustentabilidade e até enterros de cinzas.
Um mundo multimídia, telefones que não só telefonam, pessoas que não se humanizam, professores não ensimam mais. Somos autodidatas, auto-suficientes, arrogantes hermitões.
É a modernidade!
Nas baladas de música tecno, regadas com vodka e energéticos, nos olhares vazios a procura de superficialidades a atender as necessidades do inconsciente.
No movimento dos bares, exibindo os seu salto, mostrando o figurino, tudo com muita velocidade. A filha da outrora moça que já não teme nem deve a sociedade, vive a vida conforme a demanda.
Mas batendo a realidade, por um estrondo ou ressaca, finca na cabeça, que nem passa com engov.
Mais um dilema... de valores!?
Precisa de analista, já não tem libido, questiona a vida, não vê mais razão.
Hora de avaliar, quem sabe ir a igreja, confiar em alguém, até amar de verdade.
Resolver-se com a família, passar a mão na cabeça, pagar as contas atrasadas.
Quem sabe ter um filho ou até casar...
Ter um pouco de respeito, norte na vida e simplesmente voltar a ser menina...
Acordar, estudar e trabalhar como manda o figurino.
Deixar de lado um pouco, essa vida de salto e champanhe...

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