quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia das crianças, dia dos filhos...




Carol, Rafa e Maria...
Carolina menina decidida, já pequena era sabida.
Nasceu miúda, nos fitando atenta, atrás dos olhos escuros em seu macaquinho branco de listras azuis. Disparou a chorar e foram 3 meses sem parar.
Não tinha cabelos, cabecinha rotunda, sorriso largo estampado na cara redonda, bem como bocão quando berrava.
Não desgrudava da mãe, fazia do peito chupeta. Soube aproveitar, controlava a situação. Tias, avó a sua disposição, principalmente a Tia Dorinha...
Foi crescendo no meio da gente, falava igual adulto, certo que trocava algumas palavras: Xumiga, ventada, para de isso!!
Espirituosa, bem humorada e teimosa quando queria. Fez de mim um pai, cresci com ela, me ensinou a amá-la. Seu choro irritava, testava o nosso limite, mas depois cansada adormecia fazendo sentir pena.
Na escola ficar não queria: - Fica mais um pouquinho, só um pouquinho....
Desde cedo já sabia o que queria. Gostava de bicho, vai ser veterinária. Easy going, na escola se dava bem com todos, evoluiu com a turma.
Rafaela nasceu meio dia, veio que naturalmente, depois de quase três anos. Quando Carol soube disse que ia se chamar Rafaela. Foi bem recebida, bebê rechonchuda, agora com menos expectativa mas com maior alegria. Família logo se eterneceu, Tia Dorinha de costume muito carinhosa, parecia mãe, tia, irmã... Rafa retribuía o carinho, é afilhada da tia querida.
Carol queria cuidar, logo brincar, foram crescendo e até que brigar nem tanto. Chorona e manhosa, dificilmente sorria, sempre reclamava. Sempre atendida nos caprichos mas mesmo assim não ficava satisteira. Carol sem paciência, com ela implicava...
Na escola até que ficava... Também, com a Carolina, não haveria problema. A defendia da Marianinha que queria bater nela. Na cantina não falava nem para comprar lanche. Sempre Carol que resolvia.
Eu primeiro! Sempre gritavam pra entrar no carro ou na casa. Toda vez Carol perdia e reclamava: - Sempre eu tenho que deixar??
Cresceram na harmonia, faziam tudo juntas. Andavam igual cachorro, latindo e grunhindo, não importava se era na escola ou em casa. Cuidaram de cachorros, hamisters e tartarugas, seus brinquedos nos armários arrumavam. Bichos de pelúcia em centenas, todos batizados com nome de gente.
Independentes, escolhiam própiras roupas, tomavam banho sem ajuda. Só não levavam as toalhas.... até hoje.... Vinha o grito do banheiro: - Alguééém!!!
Rafaela sempre discreta, observadora, fala apenas o indispensável. Mau humorada e ranzinza, até que tolerante um certo ponto. Fragil e insegura algumas vezes, aprecia uma inércia, depressiva e questionadora, precisa de motivação e razão. Baladeira e fiel às amizades, decidida nos seus valores. Criativa e talentosa, é querida por todos que a conhecem bem. Nany e Raquel, BFFs, hoje encontram-se na bagunça, nas férias escolares, juntas com Carol, recordando saudosas, os tempos da escola Waldorf...
Amigas e cúmplices, agora têm a Maria. Veio muito depois, já adolescentes. No início não parecia ser uma boa ideia. Afinal quem quer tomar conta de irmazinha bebezinha chorona e chatinha?
Maria é ligada, aprende com facilidade, configura celular e TV, ensina a mãe a mexer. Na escola aprende tudo, mil atividades, escotismo, balé e agora quer tocar piano. Tem um jeito único, controla a gente, é insistente. Presta atenção quando quer, distraída assistindo TV. Tem senso de humor apurado, sabe cativar as pessoas. É meio neta e filha, já que veio do fundo do tacho, É carinhosa, diferente das outras, gosta de beijar e abraçar, é grudenta e amorosa, um novo momento de ser um pai de um outro modo.
Agora, três filhas muito diferentes e preciosas, Carol e Rafa com maturidade, carinhosas com a caçula, Maria faz-no ter motivos, centro de tudo, é o que importa. São únicas, cada uma a sua maneira, ocupando seus espaços, completando a vida da famíla...


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