No
meio do caminho...
Deparo
com a realidade, estaciono nos meus conceitos, vejo a mudança
acontecer...
O
futuro já é presente. Não é o começo nem o fim, está longe de
acabar. É ainda o meio do caminho...
Não
é juventude nem a velhice, é a maturidade. Consciência da
realidade e a mediocridade constatada...
Sem
glamour ou romantismo, foi apenas o trabalho com o lazer intercalado
neste script determinado dessa peça que é a vida. Mesmo ao cair o
pano, resta ainda o terceiro ato...
O
auge já passou outrora, sonhos foram sonhados, os amores quase
eternizados num mundo que parecia maior... A brincadeira nem tem mais
graça, a festa acabou e o bolo já foi partido...
A
quem interessa reclamar? Voltar é impossível, há que que
continuar. Cuidar, acumular, zelar, agora soa insensato. No caminhar
solitário já não faz sentido e carece a dedicação...
Restam
os últimos longos momentos dessa trajetória mediana, talvez até
com paixão para uma motivação justificada, reciclando os
fragmentos perdidos de uma outra época vivida...
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