quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Um homem de bem




Não é por ter diploma
Ou estrelas no ombro
Nem precisaria ser importante
Seria o mesmo Chuecho
Não aprendeu na escola
Muito menos na caserna
Ser humanista, humilde e justo
Vem dos valores da família
Sempre contamos com ele
Pronto a nos ajudar
É uma luta solitária
Por sempre acreditar
Ninguém chega aos pés
Do cavalheiro solitário
Sem nada em troca                            
Presta-nos a sua generosidade  
Atento a nos servir
Pelo fato simples de nos amar
Faz-nos sentir mesquinhos
Diante da sua infinita bondade
Um amigo e mestre
Seus gestos um exemplo
Uma lição de vida
Nossa eterna gratidão


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Terminando e começando


Sonho não tão impossível
Vida, sequencia de acontecimentos
Viu-se um dia fazendo arte
Trabalhando um desejo latente
Estudou para executar projetos
Começa agora de verdade
Terminando uma etapa nesta passagem
Marcada por uma beca e um canudo
Esta menina mal-humorada
Que floresceu num dia de primavera
Enchendo de orgulho um pai
Com suas frases na garrafa
E amizade com as maninhas






Hoje mais uma vez nos brinda
Com a sua marca delicadamente forte
Que só o seu tipo especial de ser
Mostrando-nos como é bom ter
Rafaela nos  corações
Com estilo de estilista
Estampando sua cor onde for
Seja qual for o tecido
Impressionando com a sua moda
Tem diploma de artista
Feliz por ser feliz
Porque que faz o que gosta

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Minha rotina com a Maria


Acordar cedo sacudindo o sono
Nunca pronta pra se levantar
Rumo a escola, calada com preguiça
São as manhãs sem cafés, hábito desde cedo
Em cima da hora, mal lava a cara...
No caminho, está melhorando... Vêm algumas risadas
Vai se penteando e se arrumando
Reclama às vezes mas humor nunca lhe falta
Dias de semana, dias de aula...
Ao meio dia caçá-la no pátio, procurando essa brincalhona:
-Deixa ficar mais um pouquinho?
Agora crescida fica no portão
Esperando-me atenta, ouvindo Bandeirante chegar...
E na sala assistindo TV?
Vai ao banheiro carregando o controle
Imploro pra mudar de canal
Mas esconde-o em algum lugar e nem de longe quer me contar...
Gosta de salada temperada
Mas não de brócolis, é lógico
Macarrão ou arroz com camarão, fácil de agradar
Mas o que mais curte é sashimi de salmão...
Passeios de bicicleta, patins ou a pé
Na rua, na UFMT, ouvindo música ou catando manga
Sempre esperando terminar
ensaios de ballet, aulas de inglês
Indo e vindo, levando e trazendo...
No bar, no clube, na bagunça ela me acompanha
Só mais uma saideira, paciente ela me espera
Mais uma rodada de conversa. É companheira...
Chegando tarde, dormir e acordar cedo
Tem que tomar banho sim!
Esfrega bem os pés e não precisa usar shampoo...
Hoje ela se foi, postou uma foto
Vai cuidar da sua mãe e encantar primos e tios
Ficarão lembranças, momentos em flashes
Já deixou saudades
Meus dias de aventura
Simples, mas nunca sem graça
Com a minha filha heroína...









sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Ciclo da vida (do fim do começo ao começo do fim, fechando o ciclo)


Explode em vida, arrisca-se sem medo
Numa travessia intensa, roleta russa de sentimentos, acabando em sofrimento.
Altos e baixos, exagerado aos extremos,
Só o momento interessa.

Trabalho que agora chega, junto com filhos e contas.
Agora é dinheiro, o futuro depende da eficiência.
O tempo corre mais que a vida,
Não existe parada antes do ponto final.

Sucesso ou fracasso, nem tudo se conseguiu
Tem uma serenidade, da realidade um momento para si.
Energia rareada, doses calculadas
Razão e emoção nos pratos da balança.

Cabelos brancos, dentes ambares, ossos enfraquecidos
O ocaso se aproxima, roleta russa de sentimentos, acabando em sofrimento.
Altos e baixos, exagerado aos extremos,
Só o momento lhe resta.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Natal é democrático!


Papai Noel magro
Panetone barato
Comércio popular
Dinheiro contado
Chester no tabuleiro
Mortadela ao tender
Cidra e marajá
Brinquedinhos de plástico
Mais esperança a cada ano
Menos saúde a cada dia
Família imensa com fome
Mas hoje todos comem
Um pouco pra todos
Não diminui a alegria
Ao compartilhar essa data 
Do menino que nasceu para nós 
Para que todos fossemos iguais
Pelo menos neste dia

domingo, 1 de dezembro de 2013

Ana Paula


Paixão tem medida
Tem que ser intensa
Com responsabilidade
E no mínimo imensa

De comprometimento
Pode ser exclusiva,
Direcionada ou única
Máximo no sentimento
Tem que ser vivida
Ser correspondida
Poderia ser eterna...

Meus valores
Meus amores
Meus dissabores

Assim segue a vida, 
Amor e paixão sempre
Quem puder me acompanhe
Desde que eu me apaixone









sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Corrida de ganso


Atendo o telefone e oferecem-me um convite para um jantar beneficente. Nada mais normal, num reflexo de raciocino, penso...Que mal tem?
Nesta cidadezinha simpática do interior, sozinho, sem rumo, um jantar, sexta feira.... 
Busco o convite. Um evento de uma comunidade católica fervorosa, encontro de fiéis agradecendo um ano abençoado. Nada de mais, sou batizado, comungado, não sei o Credo mas encaro o Pai Nosso e a Ave Maria.
Chego em ponto às nove, uma noite de massas. De massa humana no galpão do Clube. Não tem cerveja, meio deslocado, observado... Será que as pessoas reconhecem um pecador?!
Performances e músicas estilo TV Aparecida, vocalista de olhos fechados cantando com emoção. A banda para e o mestre DJ carismático faz as honras. Agradece o espírito cristão dos patrocinadores. Presto atenção na mensagem do padre, informal e a paisana, seguido de tracionais orações de mãos dadas e abraços fraternos uns aos outros. Uma missa jantante...
Anuncia enfim o arauto: -O jantar está servido!
Como um raio, uma fila se materializa desde o Egito ao Jericó. Felizes e pacientes, todos a espera da saciedade. 
WTF! Já basta pra uma alma condenada! Desde a tardinha a fome já me apertava... Pragmático, saio a francesa sem despedidas. Pizzaria é o destino numa decisão sensata. Peço de mussarela e fico sabendo: Subiu 10% deve ser por culpa do petróleo. Que fase!! Numa corrida de ganso, o pato só se dá mal.
Mas...Na calmaria,...Na serenidade... Racionalizando, consolado no meu canto, abro a caixa e sinto o aroma do queijo derretido. Aquela primeira dentada no bico da fatia, dou uma golada na cerveja e mordo a azeitona e me encho de graça: - Tudo bem, louvado seja, a maré tá mudando...Tá sem caroço!