quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Votar como um dever




Ah...15 de novembro...
Era uma data cívica, acreditava-se na honestidade das pessoas, eficiência das instituições, hospitais do IAPI e IAPTEC. Brasil sempre um país do futuro....
Conversava-se com o vizinho, ia-se pra escola a pé ou de ônibus. Medo era só do mendigo maltrapilho com o saco nas costas que raptavam crianças pra vender pro circo...
Guanabara virou Brasília, tempo avançou, alguma coisa mudou. Tenho ainda um fusca mas o violão já se foi...
Progresso chegou, Lula enriqueceu e o povo ganha esmola federal. Na rua vivemos por nossa conta, bueiro está entupido, água na torneira agoniza intermitente...
Contribua com 27,5% da sua vida e assista as sessões do mensalão, ganhe uma isenção de IPI e fique numa boa! Papai Noel não existe mais e desconfio que nem o coelho da páscoa...
Vozes aflitas gritam roucas, ouvidos desatentos nem escutam. Melhor seria a perfeição mas o essencial bastaria. Como numa novela, o mesmo enredo previsível, marinheiro ouvindo as sereias, assistindo os ilustres democratas diplomados a administrar os nossos pesadelos...
Lá vamos nós cidadanear, crédulo outra vez depositar as esperanças na caixa mágica. Ao sinal verde, pronto, ouve-se o trinar da urna:
Volte sempre, agradecemos a preferência!! 









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