quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia do amor

Dia de sonhos, fantasias, o amor está no ar. Programas matinais na TV cheio de histórias de encontros, com intervalo comercial repleto de anúncios de presentes para os eternos apaixonados.
Dia fixo no calendário, não importa ser durante a semana, dia de receber flores no trabalho, anúncio de não estar encalhada.
Dia de suíte 5 estrelas, mas antes um jantar estourando champanhe e cartão. Pagando de apaixonado, jovem determinado, impressionando a quem ama.
Pode também os casados sobreviverem a esta data, anos de cumplicidade tolerante, uma brasa de paixão revolvida por sopro ocasional de brisas sazonais. 
E por acaso ou não, depois do dia da paixão vem o do Santo Antônio. Este santo casamenteiro que mergulha de ponta cabeça nas orações das alijadas dos dias 12 de junho.
Vidas que perpetuam na entrega, escrevendo uma história de final variado, segue a natureza humana a procura de um significado. Inevitável depois, também no calendário, o dia do doador de sangue. Cada um assim, escreve por si, o ocaso do seu próprio destino, como possa lhe parecer a sua eterna felicidade...
Ah...o amor....ah... a paixão...

sábado, 11 de maio de 2013

Rosebud


Dosando sempre a emoção
Fez-me acreditar na razão
Passou-me o seus valores
Com suavidade e firmeza
Quando no auge da felicidade
Momentos de alegria
Sempre o amor para praticar
Dificuldades nem sempre superadas
O calor da sua presença
Aroma de sua essência
Nostálgica lembrança
De um tempo distante
Infinita de tão atroz
Gravada em imagens
Amareladas em preto e branco
Num surdo silêncio sem voz 




segunda-feira, 15 de abril de 2013

Requiem a Paulo Medina





                                                               Mártir, ídolo, nem precisa conhecer. 
Estão aí, heróis ou pessoas comuns,
Arriscam e ousam pelo que acreditam
São bons, justos por isso amados.
Não escolheu o caminho
Apenas aconteceu, seguiu o seu destino
Amou e viveu, lutou e realizou
Com dificuldade mas não desistia
Aterrissando altivo do seu voo livre 
Um exemplo e não poderia ser diferente
Humano, visionário, sonhador
Mestre e amigo,
Fez do seu caráter uma marca
Da arte o seu estandarte
Partiu, chegou a hora, 
Agora um símbolo, 
Deixando-nos um vazio e só saudades,
Nostálgicos lembraremos,
Da sua dança e a sua alegria de viver.




Rap da Maria



Eu estava no supermercado
Na fila pra pagar
Veio minhã irmã andando
Pronta pra falar:
Eu estava na fila do açougue
E na minha frente,
Uma gorda está
Demorou mais de uma hora 
Só aí começou a falar
Comprou 3 bifes de fígado
Insatisfeita comprou mais 3
Coxa e sobrecoxa
Peito de frango também
Ou ela tem restaurante 
Ou 3 filhos gordos pra alimentar
Um marido deficiente
De tão gordo que não consegue andar
Ela comprou toda a carne
Toda a carne do supermercado

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Final feliz

Fico distante muitas vezes, 
Não sei a razão nem o motivo,
Fico pensando disperso, distraído
Não sei fingir nem atuar
Fico apenas sendo eu.
Não sei como nem por que
Sigo apenas o caminho, atraído,
Pelo meu instinto que me guia
Que nem sempre é o certo
Mas que me instiga e me afronta
Que enche o tempo e a vida.
Que alegria, felicidade,
Me enche de ansiedade
Quando te vejo e te sinto
Sei que te quero, não sei se mereço
Parece real, mas ainda um sonho
Quero te amar, por certo
Penso em mim, mas mais em você
Não num final, mas no meio 
Não numa vida, mas em momentos,
Com muitos: Que bom... Combinado!









quinta-feira, 14 de março de 2013

Parabéns Carolina !



Uma beca negra de babado branco, um canudo, um sonho
Dela própria, que desde infância já tinha certeza
Orgulhosa como os pais, vitoriosa como uma guerreira
Terá novos e outros estilos de bebedeira
Longe da universidade, essa irresponsável responsabilidade
Amigos eram colegas, agora colegas e talvez amigos
Distanciam-se os sonhos da realidade e o tempo irá realizar-se
Uma longa linha que se confundirá com a vida
Onde um dia recordará e descobrirá o sentido das palavras do patrono
Retornando um dia a uma formatura de alguém
Quiçá na mesma Rural que a deixará nostálgica
Relembrando a Japa que todos conheciam
Dos aniversários a cerveja e sushis
Da cachorrada que vivia no quintal
Lotando o velho fusca nos passeios ao campus
Sentada a beira da lagoa observando as capivaras
Nos churrascos da turma com piscina de plástico
Da caminhada no Sol e na chuva nos dias de aula
Que tudo isso será um passado distante
Da médica veterinária que sempre quis ser.

sexta-feira, 1 de março de 2013

O que é o justo?!

A justiça nem sempre é justa.
Condenar um ato pontual, que culminou num deslize, resultante de forças que ninguém ponderou.
Homens julgam os homens, mas com que direito?
Com o lastro da opinião pública, executando os culpados, como árbitro, favorecendo o time da casa.
Concurso público, eleições, indicações... Fazem capazes de serem justos?
E quem decide que possa merecer uma segunda chance?
Trabalhar e não ser valorizado, ter filhos e não poder criá-los, uma doença sem amparo.
Roubar institucionalmente é permitido. Ética somente na divisão do bolo.
O que faz banalizar o errado e condenar o certo?
Boa vontade ou boa fé, no início todos têm. Ainda é possível acreditar no homem primata.
Podia estar matando, podia estar roubando, podia estar estuprando...Condenado a pobreza, a indiferença e a sobrevivência.
Cidadão não pode matar bandido, a prisão é o seu lar dentro de uma fortaleza. Seus direitos aviltados e humilhados 0800 vezes.
Sistema viciado na propinolândia, indiferente aos olhos dos justos.
Esses justos que julgam sensacionalmente, que se  fazem guardiões da moralidade hipócrita.
Vão a missa e cultos, buscam cristos para pregar na cruz, aliviando as suas consciências para poderem abraçar seus filhos.
Assim constroem uma sociedade contemporânea!
No poder da economia e influência, numa autêntica cruzada pós moderna, oprimindo os comuns e matando os simples